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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Igreja Em Células




MODELO G12


1. INTRODUÇÃO
O pastor César Castellanos, da Missão Carismática Internacional, em Bogotá, é o criador deste sistema. Antes usava o "Cinco Por Cinco", que trouxe um certo crescimento à sua igreja. A estrutura foi, então, mudada, focalizando-se a plantação de novas células em vez de multiplicar os grupos existentes
O pastor Castellanos selecionou 12 pessoas da igreja para discipulá-las pessoalmente, formando um grupo de 12 como uma equipe de liderança (1). Para cada pessoa foi designado um segmento da comunidade e foram formadas células dentro destes segmentos. Os "G12" se encontram agora, semanalmente, para informar seu progresso, orar, estabelecer novas estratégias e edificação mútua.

Um dos 12, começa a formar células de jovens (exemplo). Ele treina os adolescentes para alcançar seus amigos e formar novas células. Seleciona 12 adolescentes frutíferos para formar o próprio "G12" deles. Assim, ele que pertencia ao grupo de 12 de Castellanos passou a pastorear seu próprio "G12", com células plantadas por adolescentes. Logo depois, cada um dos 12 de Castellanos formou o seu próprio "G12", estimulando os membros a tornarem-se líderes de células. Este efeito em cascata produziu um rápido crescimento.

2. COMO FUNCIONA

A Diferença do modelo de Bogotá e outros de igreja em células, é que normalmente as células são de evangelismo e edificação. Em Bogotá, as células são essencialmente de evangelismo.

Cada pessoa ganha para Cristo deve ser integrada em uma célula. Esta busca cada semana alcançar novos.. Passa por um processo de consolidação e depois é encaminhado a uma Escola de Líderes onde será treinado como líder célula. Ao abrir sua própria célula, ele sai de sua célula mãe, mas continua ligado ao seu líder, que continuará a discipulá-lo. É como um filho. Seu líder vai reunindo em torno de si, cada um dos líderes nascidos em suas células, até ao número de doze. A isso chama-se o grupo de 12.

Em outras palavras, um grupo de 12 são doze líderes, tendo como cabeça o líder que os gerou. Cada um dos doze vai procurar reproduzir-se do mesmo modo, o que acelera o crescimento da Igreja, com qualidade. Cada líder de célula está ligado a um líder de doze. Outra diferença do modelo de Bogotá em relação a outros de Igrejas em células, é que normalmente a multiplicação das células ocorre quando se atinge um certo número de pessoas. No G12, uma célula deve multiplicar-se em doze, pois o programa é dirigido no sentido de que todos os membros da célula se tornem líderes. A multiplicação de uma célula em doze pode levar de um a três anos, dependendo do líder.

Dentro da estrutura de igreja há quatro pilares: Células (evangelizando), Encontros (consolidando), Escola de Líderes (treinando) e Grupos de Doze (enviando).

Na estrutura do "G12", todo membro de célula é considerado um líder potencial. Cada líder é envolvido em uma célula de liderança ("G12") e em uma célula pessoal, chamada grupo "C.A.F.E". (Célula de Adestramento Familiar e Evangelismo). Na célula de liderança (O Grupo de 12 denominado "G12"), há nutrição, apascentamento e supervisão. Na célula pessoal, há edificação e evangelismo. Um membro de uma célula pessoal também pode ter uma terceira célula, no trabalho ou na escola, para alcançar pessoas. A meta de cada membro da célula pessoal é tirar os não-crentes do meio onde vivem, alcançando-os para Cristo e discipulando-os, para começar um grupo novo.

A O líder da célula gera doze líderes dentro da mesma. É como se fossem os seus filhos. Cada um abrirá sua célula e fará a mesma coisa. Quando um membro da célula se torna um líder, ele continuará ligado ao seu próprio líder, agora como membro do seu grupo de doze (G12), para continuar sendo discipulado e apascentado. A multiplicação da célula é feita quando surge um novo líder. O alvo é que aquela célula se multiplique em doze células, lideradas pelos doze líderes nascidos nela. Isso pode levar de um a três anos. É possível que nesse período uma média de 50 pessoas passem pela célula mãe. Quando o líder original completar os seus doze "filhos", poderá distribuir os membros remanescentes de sua célula entre os seus líderes e passará a cuidar dos doze e ajudá-los a reproduzir o que foi feito com eles. Quando cada um dos seus doze tiverem também os seus doze, serão 144 "netos" do líder original. Trata-se de uma multiplicação exponencial. Neste modelo a força da edificação contínua, ou discipulado contínuo, acontece no grupo de doze, que forma a equipe principal do líder no desenvolvimento do seu ministério.

Em lugar de multiplicar-se, o "G12" original permanece como uma célula de liderança permanente. Assim, as células pessoais não crescem se multiplicando, mas plantando novas células. Nesta estrutura, não há nenhuma necessidade de supervisores de zona, pastores de zona ou pastores de distrito. Todos os membros do "G12" recebem determinadas instruções de supervisão em suas células pessoais.

Um grupo de 12 pode conter mais de 12 pessoas.

Os maridos e esposas são considerados uma só pessoa em ministério e não se separam um do outro, se estão numa mesma célula familiar.

Cristãos novos, que não começam grupos rapidamente, não são lançados fora ou ignorados na igreja. Eles são amados e as questões que os impedem de ser líderes vitoriosos são identificadas e tratadas.

3. VISÃO

Tendo em vista o discipulado integral, a visão engloba:

- evangelizar todas as classes de descrentes;

- libertar os oprimidos do diabo;

- sarar as enfermidades físicas, emocionais e espirituais;

- integrar os convertidos na vida da Igreja local;

- ensinar todo o conselho de Deus;

- treinar os discípulos para exercerem a obra do ministério e

- enviar os discípulos a reproduzirem a missão. A fim de operacionalizar o discipulado, foi desenvolvida uma estrutura na igreja local de quatro grandes pilares, conforme descrito no próximo item.

4. ESTRUTURA

1. EVANGELIZAÇÃO - Através das células, das celebrações da igreja e Eventos de Colheita.

2. CONSOLIDAÇÃO - Através de um plano criterioso de cuidado ao novo crente, usando o consolidador, a célula e os encontros.

3. TREINAMENTO - através da Escola de Líderes e Seminários.

4. ENVIO - Através da liderança de células e discipulado de doze.



Existe todo um processo para o trabalho dentro desta estrutura para o recém convertido, como segue:

1. Recebe uma fonovisita dentro de 48 horas após sua decisão;

2. Recebe uma visita em sua casa naquela semana;

3. É colocado numa célula próxima de sua casa;

4. Passa pelo pré-encontro, que são quatro semanas de estudos bíblicos sobe questões básicas da nova vida em Cristo;

5. Um encontro de três dias (retiro espiritual);

6. Pós-encontro: três meses de estudos bíblicos abordando os problemas com os quais o novo encontro se depara, dando prosseguimento à sua formação espiritual;

7. Escola de Líderes: Três períodos de três meses cada, quando é treinado para liderar uma célula e um grupo de doze. Depois desse período vem a tese entre três a seis meses;

8. Grupo de doze: Integra um grupo de doze onde continua a ser pastoreado.

Todo esse processo, incluindo as férias, leva cerca de dois anos.

Consolidação - É uma estratégia para acelerar o processo do discipulado, onde consite:

1. Verificação - Após a decisão no momento do apelo no culto, o decidido recebe uma palavra sobre o plano de salvação. Um cartão de decisão é preenchido e um livreto com verdades básicas do evangelho lhe é presenteado.

2. Fonovisita - O decidido recebe um telefonema dentro das próximas quarenta e oito horas, quando é marcada uma visita e recebe uma palavra de estímulo e oração.

3. Visita - O decidido é visitado e convidado a freqüentar a célula.

4. Pré-Encontro - Quatro palestras doutrinárias sobre verdades básicas para a vida cristã.

5. Encontro - Em um fim de semana o decidido é levado a um retiro espiritual no qual é profundamente ministrado com vistas a ter um real encontro com Cristo e não ser um simples decidido que não passou pelo verdadeiro arrependimento e novo nascimento. É uma forma de acelerar seu crescimento espiritual (será tatamo mais detalhadamente abaixo).

6. Pós-Encontro Ocorre após o encontro na própria igreja, onde se dá continuidade à união deste grupo de líderes e novos convertidos. Aqueles que participaram do primeiro "Encontro" retornam para um fim de semana juntos, para um segundo retiro. Estas reuniões incluem testemunhos de vitórias sobre o pecado e as amarras da alma. Enquanto os primeiros participantes estão aprendendo a andar no espírito, os que participam pela segunda vez se reúnem separadamente, para aprender a fundar uma célula por si mesmos. O "Pós-Encontro" é seguido por uma classe semanal para novos líderes. São dez palestras para consolidação de verdades bíblicas que ajudarão o novo crente a firmar-se ainda mais na fé: Como Enfrentar o Mundo; Como Falar com Deus; Vida Social; A Palavra Fonte de Vida; Sexualidade; A Igreja Refúgio de Deus; Vida Equilibrada; O Batismo um Passo de Obediência; A Música e Sua Influência em Nossa Vida; Como Conhecer a Vontade de Deus.

Escola de Líderes - Três trimestres, uma vez por semana, por duas horas. No primeiro trimestre são estudadas doutrinas bíblicas básicas e seminários de acordo com o grupo (homens, mulheres, casais, jovens). Tudo de um modo simples e prático, com vistas à formação, que tem o seu forte na célula, sob o discipulado do líder. Nesta fase o ensino é voltado para a vida com Deus e o caráter cristão. No segundo trimestre os estudos giram em torno da Célula e no terceiro, do Líder. Depois vem uma tese também prática por um período de três a seis meses. A seguir vem a Escola de Mestres, quando o líder é treinado em um nível mais elevado.


5. ENCONTROS
Cada "G12" conduz um retiro de fim de semana, chamado "Encontro", para os novos convertidos das células. Esta é uma parte vital do desenvolvimento que experimentam. Estes retiros possuem objetivos múltiplos. Aqueles que estão indo pela primeira vez experimentam libertação de fortalezas e amarras da alma, e também recebem o enchimento do Espírito Santo. É um fim de semana bem intenso de ministério, conduzido por membros do "G12" e membros de células que acompanham os novos convertidos.

O encontro é apenas uma pequena parte de toda uma estrutura. Faz parte da Consolidação do novo crente.

O que é o Encontro? é uma experiência genuína com Jesus Cristo, com a Pessoa do Espírito Santo e com as Sagradas Escrituras, no qual, mediante conferências, seminários, vídeos e auto-exame se leva o novo convertido ao arrependimento, libertação de ataduras e cura interior. O propósito é dar orientação clara, à luz das Sagradas Escrituras, ao recém convertido sobre seu passado, presente e futuro com Jesus Cristo, mediante ministrações a nível pessoal e de grupo... Desta maneira, o novo crente é preparado para desenvolver uma relação íntima com o Senhor, facilitando-lhe o aprendizado da oração, leitura da Palavra e o conhecimento da visão..."

O que se Ministra no Encontro? abordam as doutrinas básicas conforme Hebreus 6:1-2.

Onde se realiza o Encontro? O ideal é que seja num local apropriado para retiros espirituais.

Roteiro de um Encontro

SÁBADO









1. O Amor Paternal de Deus - Deus é Meu Pai. Visa conduzir cada pessoa a um genuíno arrependimento, conhecendo o amor do Pai. (Baseado na parábola do Filho Pródigo)

2. Graças a Deus Pelo Perdão - Visa confrontar a pessoa com o seu pecado. Suas causas e conseqüências. (Baseado no pecado de Davi)

3. Vi a Deus Face a Face (O Peniel) - Quebrantamento e reflexão acerca da vida de cada pessoa diante de Deus. (Baseado na experiência de Jacó)

4. Plano Redentor de Deus Para o Arrependido. Jesus é meu amigo - Ter uma visão do cancelamento de todos os pecados na cruz.

5. Vídeo "A cruz" - Sentir uma dor profunda por haver ofendido a Deus.

6. Ministração da Cruz - Confessar os pecados, renunciá-los e romper as maldições.

DOMINGO





1. Fé Para Curar a Alma - Cura para a alma ferida

2. Imerso no Espírito - Que conheçam a pessoa do Espírito Santo.

3. Batismo nas Águas - Levar as pessoas a se batizarem

4. Como Obter Êxito - Dar a conhecer a visão da M.C.I., mediante a escada do sucesso (ganhar, consolidar, discipular e enviar)


O que se espera que aconteça no encontro?

1. Profundo arrependimento de pecados

2. Entendimento profundo do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário e seus benefícios

3. Libertação das cadeias

4. Perdão a todos

5. Cura das feridas emocionais

6. Enchimento do Espírito Santo

7. Contato com a visão de se transformar em um líder formador de discípulos.

8. Comunhão com outros membros do Corpo.

9. Batismo nas águas dos que estejam preparados para tanto

O termo "encontro" é para ressaltar que nossas mudanças reais só ocorrem num verdadeiro encontro com Jesus. Trata-se simplesmente de um retiro espiritual no qual o novo crente experimenta um impacto espiritual marcante em sua vida.

Objetivo do Encontro

À semelhança do que aconteceu com Paulo depois da visão de Jesus a caminho de Damasco, quando por três dias esteve separado na presença de Deus, o encontro visa separar o novo crente do seu ambiente para um tempo concentrado na presença de Deus. Ali ele é levado na primeira noite a refletir sobre o plano de Deus para sua .

Faz-se um pacto de silêncio naquela noite para que a pessoa possa refletir sobre a sua condição diante de Deus. Esse silêncio e meditação de fato é antes de dormir e na manhã seguinte até a primeira ministração. No restante do encontro, a comunhão uns com os outros é estimulada, de modo que o novo crente tem tanto uma experiência de comunhão mais profunda com Deus, como com seus novos irmãos.

No sábado, o novo crente é ministrado através de estudos bíblicos e oração nas áreas de pecado, arrependimento, o Calvário, libertação, perdão, cura interior, batismo no Espírito Santo e a visão. Ele é levado a ver o pecado como ele é e a passar por uma profunda experiência de arrependimento. A cruz será sempre trazida à tona. Ele vai aprender a aplicar os efeitos da obra redentora de Cristo em todas as áreas da sua vida. Vai ver seu pecado em Jesus e renunciá-lo, abrançando o perdão de Deus; encontrará forças em Deus para perdoar os que o têm ofendido, seguindo o exemplo de Cristo na cruz; apropriar-se-á do fato de que naquela cruz Jesus levou não somente seus pecados mas suas feridas, suas dores, sua maldição e, pela fé, ele pode apropriar-se do perdão, libertação e cura. Por causa de uma ministração tão concentrada, o novo crente é marcado. As transformações ocorridas são extraordinárias, dependendo, é claro, do nível das ministrações.

1. O encontro é apenas uma parte de um processo de discipulado e jamais deveria ser feito fora desse contexto.

2. O encontro é destinado aos novos crentes ganhos pela igreja local.

3. Não há mistérios nem segredos no encontro. Existe apenas um momento surpresa. Para que seja surpresa, o participante do encontro não deve ser informado. Diz respeito a cartas, lembranças, palavras de estímulos de membros da sua família. Objetivo? Ele voltará para casa, para os seus, como alguém diferente, que passou, talvez, pela primeira vez em sua vida (falamos de novos crentes), tanto tempo com Deus sendo ministrado em tantas áreas de sua vida.

4. Cada líder tem uma personalidade e seu jeito de fazer as coisas. O que percebemos no Brasil em relação à realização dos encontros, uma verdadeira febre em alguns lugares, onde há igrejas que só fazem encontro; questão de segredos, pactos de silêncio nos três dias, compromisso de nada falar sobre os acontecimentos do encontro, chavões, excesso de euforia, métodos peculiares de ministração, como apagar as luzes, deitar-se, etc., nada tem a ver com o modelo G12. São versões brasileiras, de acordo com o líder.

Base bíblica para as ministrações nos encontros

1. ARREPENDIMENTO - Esta mensagem é a primeira de João Batista, de Jesus e dos apóstolos (Mc. 1:4,15; Lc. 24:47;At. 2:38. Não há novo nascimento sem arrependimento; não há cancelamento de pecado sem arrependimento. Não há arrependimento sem uma dor profundo por haver ofendido a Deus. Não há dor profunda sem uma genuína confissão e conseqüente abandono do pecado. Não há comunhão com Deus sem arrependimento de cada pecado (Salmo 51 e 32). Os pecados ocultos devem ser confessados em arrependimento. A santidade de Deus diante do pecado do homem é exaltada. A cruz é trazida com forte ênfase. Precisamos ter uma experiência de arrependimento diante do sacrifício vicário de Cristo de um modo tão profundo que não tenhamos mais disposição para viver em pecado. Toda forma de pecado é hediondo e ofende a santidade de Deus. Naturalmente ninguém tem que se arrepender e confessar pecados dos quais já se arrependeu, levando-os à cruz.

2. PERDÃO - A falta de perdão está na origem de muitas feridas e amarras. Não há libertação sem perdão. Como todos somos feridos, todos necessitamos praticá-lo. O que se faz no encontro é levar a pessoa outra vez à cruz e ver que Jesus perdoou os seus algozes e nós devemos seguir seu exemplo, não prendendo ninguém com nossa mágoa. Perdoados e perdoadores, é o lema.

3. LIBERTAÇÃO - Esta ministração lida com os direitos legais dados a Satanás através de alianças e pecados graves. Os poderes das trevas são confrontados, na autoridade do nome de Jesus. Pela palavra do nosso testemunho e o sangue do Cordeiro, em o nome de Jesus, os grilhões são quebrados.

4. CURA INTERIOR - Cura interior é a aplicação da cruz na área emocional. A pessoa deve ser levada a ver que Jesus já carregou suas feridas, traições, rejeições e ela não tem que teimar em carregar esse lixo, presa ao passado. O tempo não cura feridas emocionais. O encontro ajuda a pessoa a levar esses sentimentos à cruz e receber uma experiência de cura. É uma ministração concentrada para que esse novo crente tenha um encontro real com Cristo, entenda o que Ele fez por nós e tome posse do que é nosso nEle. Não importa onde o aleijão emocional entrou: se no ventre materno, na infância adolescência ou juventude. Em Cristo há cura e libertação.

5. ENCHIMENTO DO ESPÍRITO SANTO - O novo crente é levado a receber, pela fé, o batismo no Espírito Santo, com evidência de falar em novas línguas. Muitos evangélicos não aceitam essa experiência, mas o fato é que diariamente multidões a experimentam em todo o mundo.

Práticas abordadas nos ataques em relação ao encontro

1. Silêncio. Há uma recomendação de silêncio apenas na sexta-feira à noite, início do encontro, quando se dá uma palestra ou apresenta-se um pequeno vídeo ou dramatização, para apresentar qual o plano de Deus para nossa vida. Visa levar o novo crente a refletir sobre o que Deus projetou para sua vida e onde ele se encontra hoje em relação ao plano. É um templo de exame. Vale ressaltar que os encontros foram projetados para o novo crente que está dando seus primeiros passos na vida cristã e que pode ainda não ter tido uma real experiência de conversão. É um silêncio curto, pois ele já vai dormir. Ao acordar deve usar o tempo até à primeira reunião para essa reflexão ou balanço. Nos demais intervalos a comunhão com os irmãos é parte dos objetivos, pois, é um Encontro com Deus, consigo mesmo e com os outros.

2. Proibição de falar sobre o encontro - Não há qualquer mistério no encontro. Existe apenas um momento surpresa, já no fim, quando recebem um correio da sua família com palavras de amor, de estímulo. No pré-encontro ele é informado do que é um encontro e o que se espera que aconteça nele. Ao voltar, há uma pequena recepção com os membros da família que vêm buscá-los e pessoas de sua célula, onde ele testemunha o que aconteceu em sua vida. É claro que ele vai compartilhar tudo quanto lhe aconteceu.

3. De onde vem a prática do silêncio em todo o encontro e a proibição de se falar sobre ele? Esta é uma versão brasileira, talvez influenciada pelos conhecidos encontros de casais, com o fim de levar a pessoa a concentrar-se somente em Deus, sem distrações, e a criar uma expectativa e curiosidade. Vejo isto apenas como um método. Certamente quem o adotou jamais pensou que ele causaria tanta controvérsia.

4. Técnicas de Cura Interior - Luzes apagadas, velas, música repetitiva em espanhol, colchões, fogos, cruzes queimadas, regressões induzidas por parte de pessoas despreparadas, e outras práticas, novamente refletem métodos locais. Ao que parece, cada um procura usar a criatividade para tornar o encontro mais dramático. Alguns adaptaram, outros nem sequer entenderam a visão. A visão original do G12 as coisas são mais simples. São retiros espirituais com muita ministração da Palavra, ministração individual, oração, pouca música, por causa do tempo. Tudo é voltado para um encontro real com Deus, pelo poder da Palavra ministrada. É claro que existe muita oração preparatória e durante todo o encontro.

Desvios - Há atitudes que contrariam frontalmente o espírito dos encontros, tais como:

1. A implantação somente de encontros, quando estes são apenas um ingrediente de uma visão maior.

2. A aceitação e até convites de membros de outras igrejas para participarem do encontro, quando ele se destina aos discípulos que estão seguindo um programa de discipulado no contexto da igreja local.

3. Fazer do encontro o todo da visão.

6. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO MODELO G12
A estrutura do "G12" não acentua padrões geográficos. Ao invés, a unidade homogênea é o enfoque exclusivo. São formadas células de homens, mulheres, jovens, doutores, homens de negócio e outras afinidades profissionais. Há um relacionamento natural que une as pessoas umas às outras. Isto pode ser difícil de sustentar em áreas não-metropolitanas.

Existe muita especulação e reações contrárias com relação ao G12, principalmente no que se refere ao “Encontro” – isso se deve pelas diversas ministrações feitas, muitas vezes fora do contexto bíblico, por diversos líderes e pastores, mas estes procedimentos não condizem com a visão original deste modelo em células.